A manhã da segunda-feira, 14 de setembro, foi especial para todos os gaúchos de nascimento e de coração. Marcando oficialmente a abertura da Semana Farroupilha 2020, a Chama Crioula chegou ao Palácio Piratini, onde foi recebida pelo governador Eduardo Leite. A cerimônia contou também com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, da secretária adjunta da Cultura, Gabriella Meindrad, da patrona dos Festejos Farroupilhas, Alessandra Carvalho da Mota, da presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Gilda Galeazzi, e do presidente da Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas César Oliveira
A presidente do MTG, Gilda Galeazzi, em seu pronunciamento destacou o esforço dos tradicionalistas para realizar a melhor Semana Farroupilha possível, nesses tempos tão difíceis de pandemia. O formato adotado neste ano, na sua opinião, foi a alternativa encontrada para dar a todos a oportunidade de conhecer a cultura gaúcha e a história do Rio Grande do Sul. Mesmo sem a possibilidade da conversa e do abraço presenciais, garantiu ela, neste ano os festejos farroupilhas estão sendo comemorados. “Podemos construir nossa felicidade em dias felizes e dias tristes, e se hoje o dia está nublado, cinzento, ao mesmo tempo é um dia feliz, porque estamos comemorando os feitos dos nossos antepassados”, afirmou. Gilda disse que o MTG, irmanado com os poderes constituídos, está engajado na construção do futuro.
O governador Eduardo Leite, em seu pronunciamento, falou sobre a importância de lembrar do passado de luta e resistência do povo gaúcho, neste momento tão difícil de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. “Alguns dizem que vivemos uma nova guerra nesses novos tempos, uma guerra sanitária, contra um inimigo invisível, e nós, gaúchos, temos o privilégio, já tendo enfrentado uma guerra, de olhar para nosso passado, para a epopeia farroupilha, e nos inspirar”, afirmou. A chama crioula nesse momento, acredita o governador, acende nos corações a esperança de dias melhores.
Ao final dos pronunciamentos, os músicos Renato Borghetti e Marcelo Cachoeira executaram o Hino do Rio Grande do Sul. A Chama Crioula permanece acesa no Palácio Piratini até o dia 20 de setembro, quando é comemorado o Dia do Gaúcho.
Trajetória
Acesa às 7 horas, sob o cipreste onde os Farroupilhas planejaram a invasão de Porto Alegre, no Sítio Histórico de Guaíba, a Chama Crioula chegou em Porto Alegre por água, transportada no catamarã, repetindo o trajeto dos guerreiros que iniciaram a Revolução Farroupilha em 1835. Depois, uma pequena cavalgada conduziu o candeeiro até a Estação Hidroviária da cidade, para o translado pelo rio. O receptivo em Porto Alegre foi no Gasômetro, por outro grupo de cavaleiros, que fez a condução até o Palácio Piratini e Assembleia Legislativa e Palácio Piratini. Antes de chegar ao Palácio Piratini, a chama uniu-se a outra Chama Crioula, vinda da zona sul de Porto Alegre, na 1ª Região Tradicionalista. Pela primeira vez, a Cavalgada do Mar e a Associação dos Criadores de Cavalos Crioulos esteve presente na condução da Chama Crioula.
Fotos: @alexrochaphotopmpa e Felipe Dalla Valle