Vultos Rio-grandenses
Projeto Vultos Rio-grandenses: Revelando o imaginário social
Produção: Departamento de Pesquisa e Difusão Cultural – MTG – RS
Curadoria e editoração final: Jeândro Portal Garcia
Inteligência Artificial: Milton Frank @coresdopassado1
Resumo
Este projeto busca redefinir o imaginário social ao trazer uma conexão mais profunda entre o passado e o presente, utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial para transformar quadros pintados à mão (ou fotografias muito antigas) em fotografias realistas e atuais. O imaginário social, que consiste em narrativas culturais e símbolos compartilhados, é uma força evolutiva que se adapta às mudanças sociais e tecnológicas.
O projeto nesta primeira etapa concentra-se em retratar figuras históricas da Revolução Farroupilha através de retratos realistas, gerados por meio de técnicas avançadas de IA e tratamento de imagem. Esses retratos proporcionam uma experiência íntima, permitindo ao público contemporâneo sentir empatia pelos personagens históricos, eliminando as barreiras entre as representações artísticas e a realidade. Ao trazer à vida essas figuras do passado, o projeto não apenas gera empatia, mas também ressalta a universalidade da experiência humana ao longo do tempo, redefinindo a maneira como percebemos a história e a identidade cultural.
O desenvolvimento é do Departamento de Pesquisa e Difusão Cultural do MTG e os quadros serão cedidos ao Museu Bento Gonçalves da cidade de Cristal, por ocasião do 74º Acendimento da Chama Crioula, podendo serem solicitados por meio de empréstimo pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho para futuras exibições.
Todas as imagens serão disponibilizadas de forma gratuita pelo MTG para entidades, órgãos públicos, museus, escritores e entidades que desejem reproduzi-las, respeitando o contexto histórico de publicações reconhecidas pelo Departamento de Pesquisa e difusão cultural. O pedido pode ser feito pelo e-mail secretaria@mtg.org.br, serão enviados em arquivo digital em alta qualidade. Ou informações pelo 51-999434742 c/ Jeândro. A evolução do projeto poderá ser acompanhada pelo perfil do instagram @vultosriograndenses .
Através do patrocínio de Joe Sarmento e Tche Voni uma nova exposição está sendo criada para doação ao Museu Farroupilha de Piratini – RS.
Atualização 30/08/2023: Nova imagem de João Cezimbra Jacques, patrono do Tradicionalismo Gaúcho.
Introdução:
O imaginário social transcende as fronteiras do tangível, criando narrativas que enraízam a identidade de uma cultura e oferecem um senso de continuidade histórica. Através de histórias compartilhadas, símbolos culturais, pinturas, fotografias e rituais, o imaginário social reforça normas e comportamentos aceitos, estabelecendo limites para a expressão individual.
No entanto, o imaginário social não é estático. Ele evolui com o tempo, respondendo às mudanças sociais, políticas e tecnológicas. À medida que novas ideias emergem e antigas crenças são questionadas, o imaginário social se adapta e transforma, refletindo as complexidades da sociedade em constante mutação.
Contemplar um quadro é como espreitar através de uma janela para outra época, outra vida. As figuras ali retratadas, imortalizadas em tintas e traços, evocam um espectro de emoções e histórias. No entanto, nem sempre é fácil compreender a profundidade das experiências daqueles que habitam essas telas, especialmente quando estes são vistos essencialmente por quadros pintados a mão, em um mundo que hoje até o mais simples celular retrata qualquer pessoa com grande qualidade de definição.
Por isso se torna importante que novos elementos sejam adicionados ao imaginário social, seja por novos fatos, informações precisas ou novas referências. E este é um projeto que busca dar uma nova percepção sobre os vultos Rio-grandenses.
Objetivo:
Este é um projeto inovador que com o uso da tecnologia chamada “Inteligência Artificial” dissolve as barreiras entre o passado e o presente, entre a tinta e a realidade, entre a arte e a vida. Um projeto que busca trazer os personagens pintados à mão em quadros clássicos, ou que possuam fotos em baixa definição para um contato mais próximo com o público moderno, despertando uma empatia profunda e ressoante.
Nesse projeto habilidades técnicas avançadas e uma compreensão profunda de arte e tecnologia se unem para transformar meticulosamente obras-primas em fotografias vivas. Cada pincelada, cada traço é recriado com precisão fotográfica, capturando não apenas as cores e formas, mas também as emoções, os olhares e os gestos que habitam essas obras.
Metodologia:
Definiu-se que neste primeiro momento serão refeitas imagens de vultos da Revolução Farroupilha (1835-1845) que possuem retratos conhecidos.
Com a utilização de softwares de Inteligência Artificial e de tratamento de imagem, obras pintadas a mão ou retratos mais recentes serão transformados em retratos reais, buscando recriar o seu aspecto físico dentro do período Farrapo. Sendo regressados de 5 a 40 anos em sua idade, dependendo da imagem utilizada como referência.
Conclusão:
Ao trazer esses personagens para o mundo fotográfico, o projeto cria um portal através do tempo. Agora, é possível olhar nos olhos dos retratados e sentir uma conexão íntima com suas vidas e histórias. A empatia floresce naturalmente à medida que nos encontramos com sorrisos congelados, expressões pensativas e momentos de alegria ou tristeza. A distância entre espectador e obra quase que desaparece, substituída por um senso de familiaridade e compreensão.
Ao aproximar o público desses personagens pintados à mão, o projeto não apenas gera empatia, mas também nos lembra que, apesar das diferenças culturais e temporais, a essência da experiência humana é universal e atemporal.