O Dia Nacional da Consciência Negra nasceu no Rio Grande do Sul. A data foi criada pelo escritor e ativista Oliveira Silveira em 1971, em homenagem a Zumbi, morto em 1695. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil.

Para celebrar a data, o Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul realizou, na noite de quinta-feira, 19 de novembro, o Sarau da Consciência Negra, com a presença e representatividade de diversos artistas: Alison Fernandes, Daniel Cavalheiro, Kassia Costa, Paulo Cravinho, Romila Amaral, Turvo Chaves e Liliana Cardoso. Teve trova, declamação e música.

Para Liliana Cardoso, que também integra o Conselho Estadual de Cultura, foi um dia feliz e marcante. Na sua opinião, com iniciativas assim, o MTG está respondendo à responsabilidade de reconhecer a contribuição do negro à cultura gaúcha. “Como mulher negra, tradicionalista e declamadora, me sinto contemplada, muito embora ainda exista muito a ser conquistado”. A criação de um departamento de pesquisa sobre a contribuição do povo negro é fundamental, na sua opinião.

Liliana também lembrou o episódio da Batalha dos Porongos, durante a Revolução Farroupilha, quando os lanceiros negros serviram de trincheira. “Foram traídos e dizimados”, reiterou. Esse momento do MTG, na sua opinião, é um divisor de águas para que possa ser evidenciado o pertencimento da cultura negra na contribuição histórica e cultural do Estado.

A programação alusiva à Semana da Consciência Negra do MTG contou também com debates online, nos canais do Facebook, Instagram e YouTube.

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