Na manhã desta segunda (5), o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), , Manoelito Carlos Savaris, a 1ª Prenda do Rio Grande do Sul, Giovana Martins, o Peão Farroupilha do estado, Eloir Wichinheski Júnior, o vice-presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, Edson Fagundes e o vice-presidente da Fundação Cultura Gaúcha-MTG, Paulo Matukait, estiveram presentes no café campeiro sediado no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, comemorativo ao cinquentenário do galpão.

Na oportunidade, Savaris foi homenageado com a Medalha João Simões Lopes Neto, juntamente com José Clemente Pozenato e Victor José Faccioni. O evento contou com a presença da Secretária da Cultura, Beatriz Araújo e do governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior.

Na ocasião, foram agraciados com a medalha César Passarinho: Ênio Pereira de Medeiros, José Oliveira Stivalet. Liliana Cardoso Duarte, Loma Pereira e Santa Elícia Soares de Lima. O diretor do Grupo Alma Gauderia, Fernando Augusto Espíndola, recebeu uma placa em homenagem a música composta para os Festejos Farroupilhas de 2022.

 

O Galpão cinquentenário

Criado em 1971, o ex-governador Euclides Triches construiu um galpão, réplica dos tradicionais abrigos das nossas estâncias, em um dos patamares do jardim do Palácio. O novo espaço serviria para receber os convidados do Governo na simplicidade dos nossos usos e costumes, de maneira informal e sem etiqueta.

O galpão foi construído com madeira de costaneira e coberto com capim santa-fé, no melhor estilo campeiro. O poeta e estudioso Glaucus Saraiva percorreu as fazendas, reunindo informações sobre a arquitetura dos galpões e garimpando objetos do cotidiano da vida na estância, servindo de ornamentação do espaço: cuias de todo o tamanho e bombas de ouro e prata, armas de fogo primitivas, boleadeiras antigas de pedra, relhos, rebenques, rabos de tatu, adagas, facões e facas, tiradores, esporas chilenas e choronas.

Em 1996, o Galpão sofreu uma reforma, sendo a cobertura de santa-fé substituída por telhas de barro, tipo colonial, enquanto as madeiras foram tratadas, melhorando sua aparência.

O galpão crioulo do Palácio Piratini leva o nome de Glaucus Saraiva, que o considerava “um templo simbólico da tradição” e um “foco irradiador da cultura sul-rio-grandense”. O Galpão contrasta a sua rusticidade campeira com a imponência neoclássica da forma arquitetônica do Palácio Piratini.

 Medalha Simões Lopes Neto

Condecoração outorgada pelo governo do estado do Rio Grande do Sul a personalidades que se distinguiram em atividades culturais, tais como artes, letras, ciências e educação. Instituída no ano de 1972, a medalha leva o nome do escritor João Simões Lopes Neto (1865-1916), importante autor gaúcho e pré-modernista.

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