Categoria de rodeios foi a que mais causou impacto, gerando R$ 2 bilhões

O estudo intitulado “A participação do Tradicionalismo no Produto Interno Bruto (PIB) do RS”, conduzido pela Universidade Feevale em colaboração com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), analisou a repercussão econômica do tradicionalismo no estado. Realizada de julho de 2023 a abril de 2024, a análise revelou que, em 2023, o valor total alcançou R$ 4,5 bilhões. Os dados foram lançados na última semana, no Piquete Negrinho do Pastoreio, no Acampamento Farroupilha 2024.

Conforme o Governo do Estado, este estudo é o primeiro a apresentar o tradicionalismo como um setor produtivo, focando no mapeamento de eventos, como rodeios e festas, e de itens culturais, como pilchas e alimentos. Para o gestor de Relações Institucionais do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Rogério Bastos, o levantamento foi fundamental para quantificar o efeito que já era percebido pelos tradicionalistas.

“Quando falávamos, empiricamente, na relevância do tradicionalismo na economia do estado, as pessoas ficavam surpresas e muitos nem acreditavam. Porém, desde 2002 fazemos levantamentos para embasar nossos números, como o censo tradicionalista. Agora, temos a comprovação científica por meio do estudo realizado pela Feevale”, ressaltou.

O economista e professor da Universidade Feevale, José Antônio de Moura, autor do estudo, destacou a importância das atividades promovidas pelos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e outras entidades, que mantêm e impulsionam a cultura gaúcha.

“São 3,2 mil festas por ano, uma média impressionante de mais de 60 a cada fim de semana. Dessas, 9% são grandes eventos; 48%, médios; e 43%, pequenos, os quais geraram, apenas com as inscrições, R$ 980 milhões. Além disso, o investimento em rodeios, festas campeiras e torneios de tiro de laço foi de cerca de R$ 1,3 bilhão, totalizando um consumo de mais de R$ 2 bilhões”, afirmou.

O levantamento foi dividido em nove eixos categorizados e mensurados, sendo eles: Rodeios (R$ 2 bilhões); festas (R$ 613,4 milhões); música (R$ 220 milhões); cavalo crioulo (R$ 1 bilhão); radiodifusão (R$ 2,3 milhões); projetos culturais (R$ 65,8 milhões); erva-mate (R$ 396 milhões); cutelaria (R$ 96 milhões) e churrasco (R$ 106,5 milhões).

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